Introdução
O excesso de peso e a obesidade já são considerados epidemia mundial. Aproximadamente 1,6 bilhão de adultos estão com sobrepeso, e 400 milhões estão obesos. Em oito anos, esses números devem saltar para 2,3 bilhões e 700 milhões respectivamente, segundo dados de 2005 da Organização Mundial da Saúde. O relatório da OMS mostra ainda que o problema ocorre tanto em países do primeiro mundo, como os Estados Unidos, quando em países em desenvolvimento, como o Brasil.
Nos Estados Unidos, 35% da população está acima do peso ideal. Desse percentual, 39 milhões de americanos estão obesos. No Brasil, mais de 65 milhões de pessoas excedem o peso, sendo que 10% deles são obesos. Sedentarismo, estresse e hábitos alimentares pouco saudáveis são apontados como principais causadores dessa epidemia. Os mesmos fatores, aliados a uma condição de alerta do cérebro, também são os responsáveis pelo ciclismo de peso, um fenômeno comum nas sociedades modernas.
Mais conhecido como efeito sanfona ou efeito ioiô, o ciclismo de peso é o maior temor de quem tenta manter o peso. Ele ocorre quando a pessoa faz dieta, perde peso rapidamente e depois ganha todos os quilos perdidos novamente.
O que é o efeito sanfona
Também chamado de fenômeno do ioiô, o efeito sanfona é aquilo que em medicina se diz “ciclismo de peso”. Trata-se da perda de peso com dieta (associada ou não à atividade física e a medicamentos) seguida de recuperação do peso perdido. É um fenômeno muito comum nas sociedades urbanas modernas. As primeiras publicações sobre o efeito sanfona coincidem com o aumento exponencial dos casos de obesidade nos Estados Unidos, há cerca de 20, 30 anos.
Quando fazemos uma redução muito drástica da quantidade de alimento ingerido (e portanto de calorias), ocorre uma redução do nível de leptina no sangue e um aumento nas concentrações de grelina. Hormônio produzido no tecido gorduroso, a leptina leva sinais de saciedade para o cérebro. Ela foi descoberta em 1994, e seu nome deriva da palavra grega leptos, que significa magro. Já a grelina é uma substância produzida no estômago com o objetivo de levar sinais de fome ao cérebro. Descoberta recentemente pelos japoneses, a grelina estimula o apetite do dia-a-dia. É o hormônio da fome.
Durante uma dieta, com a quantidade de leptina reduzida e a de grelina aumentada, o indivíduo está mais propenso a ceder à tentação na próxima vez que o alimento aparecer na sua frente. E como esses dois hormônios atuam na regulação do metabolismo, as alterações também ocasionam uma redução do gasto de calorias do organismo, favorecendo o efeito sanfona.
O maquinário de economia energética do ser humano está programado para nos defender da falta de alimento. Por isso quando perdemos peso (principalmente em dietas rígidas demais), nosso organismo “pensa” que vamos morrer de inanição porque falta comida, e tenta nos “proteger” facilitando o ganho de peso, fazendo-nos procurar comida e fazendo essa comida ser armazenada com mais facilidade.
Por isso, não adianta fazer dietas radicais demais. Quanto mais radicais - tanto em termos quantitativos (número de calorias), como qualitativos (uso de gordura, proteína e carboidrato de forma balanceada ou não)-, maior é a chance de ocorrer o efeito sanfona.
Algumas pessoas podem ter maior predisposição a apresentar oscilações de peso, mas os genes que regulam a obesidade são muitos e não há um estudo genético específico sobre esse assunto. O que se sabe, com certeza, é que sexo e idade aumentam a propensão ao efeito sanfona.
Sexo e idade influem?
Qualquer pessoa com excesso de peso pode sofrer o “efeito sanfona” depois de uma dieta. Porém, as mulheres são mais propensas. Elas já ganham peso com mais facilidade do que homens, porque têm menos massa magra, menor estatura e a taxa metabólica é menor (gastam menos calorias).
Além do sexo, a idade também pode influenciar no ciclismo de peso. Quanto mais velhos ficamos, maior a dificuldade de emagrecermos. Isso porque a amplitude (número de quilos perdidos e recuperados) é maior nos mais jovens e vai diminuindo com a idade – justamente porque os mais jovens acabam fazendo dietas mais radicais e com o passar dos anos a adesão fica menor.
As pessoas mais velhas tendem a perder peso mais devagar e mais dificilmente engajam-se em dietas radicais demais. Por isso, a chance de ciclismo de peso grande é menor.
Além do sobe e desce dos ponteiros da balança, o efeito sanfona provoca problemas de saúde.
As conseqüências para a saúde
Alguns trabalhos mostram que manter o peso em excesso é melhor do que ter efeito sanfona, mas não representam o pensamento da comunidade científica em geral. Há estudos pontuais, como um publicado em 2007 no "American Journal of Epidemiology" que relacionou os riscos de câncer renal ao efeito sanfona em mulheres na pós-menopausa. Foi revelado que a adiposidade abdominal é um fator de risco para a incidência do câncer nos rins. Tanto os obesos como os que perderam peso e o recuperaram tiveram aumento da incidência de câncer renal, mas aqueles que tiveram efeito sanfona tiveram maior risco.
O risco de hipertensão e de pré-eclâmpsia (hipertensão grave na gestação), bem como de alterações de lípides circulantes ou mesmo de alterações do humor, como ansiedade e depressão, não se relacionam a ciclismos de peso. Na maioria dos casos, relacionam-se à obesidade . Na verdade, o ato de emagrecer e engordar seguidamente tem efeitos negativos sobre a saúde, mas não há comprovação de que outras doenças crônicas sejam mais comuns em indivíduos que tiveram efeito sanfona.
Trabalhos que envolvem indivíduos que perderam peso e mantiveram essa perda ao longo dos anos mostram que o benefício da perda de peso resulta em menor mortalidade ao longo dos anos.
Como evitar o ioiô
O efeito sanfona ocorre porque na sociedade moderna é muito difícil modificar hábitos de vida com consistência. A maioria das pessoas foge disso e não quer verdadeiramente mudar hábitos alimentares ou de comportamento.
Além dos hábitos alimentares, que levam a maioria das pessoas a consumir os alimentos mais apetitosos e mais convenientes e não os alimentos mais saudáveis e adequados, o sedentarismo ligado ao progresso faz com que a tendência “obesogênica” (geradora de ganho de peso) seja cada vez maior, afinal, os instrumentos de uso doméstico e as máquinas usadas em indústrias exigem cada vez mais menor esforço físico de usuários e trabalhadores.
Já dissemos anteriormente que dietas radicais contribuem para o efeito sanfona. O jeito é combinar alimentação balanceada e exercícios físicos.
A dieta balanceada ideal consiste, de acordo com a OMS, de 55% a 60% de carboidratos, 25% a 30% de gorduras e 10% a 20% de proteínas, divididas em 3 refeições principais e 2 a 3 pequenas refeições intermediárias.
A mesma coisa vale para atividade física também: se você não vai ser um corredor fundista o resto da vida é melhor não tentar correr a primeira maratona. O ideal é que haja um equilíbrio entre atividades aeróbicas (correr, marchar, andar de bicicleta e nadar), que “queimam” mais gordura, e atividades de resistência (musculação e pilates), que aumentam o tônus muscular e a taxa metabólica.
Quanto mais tempo você conseguir manter o peso, menor a chance da ocorrência do efeito sanfona, já que o cérebro passa a perceber que o corpo não morrerá de inanição por estar ingerindo alimentos de baixa caloria ou em menor quantidade.
Dicas para manter o peso
Muitas pessoas simplesmente mantêm o peso ao longo da vida e não precisam se preocupar com o “efeito sanfona”. Mas, aqui vão alguns conselhos para os que estão acima do peso:
>>Evite ler matérias sensacionalistas. Leitores de revistas de dietas da moda são mais propensos ao efeito sanfona.
>>Evite também produtos “milagrosos” que prometem perda de muitos quilos em pouco tempo.
>>Procure manter uma alimentação balanceada
>>Procure exercitar-se com freqüência
>>Se você é obeso ou está acima do peso, procure tratamentos com médicos e nutricionistas reconhecidos.
Fonte: saude.hsw.uol.com.br/efeito-sanfona.htm
9 comentários:
Muito boa esta materia!
Estou nesta luta a tempos...
Boa semana!
Bjos!
Oie, como vc esta?
Espero q bem...
Quero passar longe do efeito sanfona rs...
Boa semana pra vc!
Beijos!!!
Oi Bia td bom?
Já vivi tanto o efeito sanfona, que me renderam belas estrias hahahaha
também fazia cada dieta doida!
Mas ainda sim quero perder peso rápido, só q da melhor forma! rs
bobinha eu neh? e quem nãoq uer tb rsrs
vc tá no desafio da Sara neh?
então "simbora" perder kgs!!!!!!!
super beijo e boa semanita
Oi Biaaa!!Acho que todas já passamos pelo efeito sanfona ne? Estou voltando a postar..venha la me ver...bejus
Oi Bia, td bem. Amei a matéria, confesso que sofro muito com esse efeito sanfona. Mas descobri na RA uma maneira maravilhosa de burlar isso. Valeu pela bela informação.
Mas, só tem um probleminha ..... Cadê vc????? Aparece, vamos nos animar, é assim que conseguimos atingir nossas metas, ajudando e sendo ajudadas. Um lindo FDS pra ti. Bjs e bay.
Cadê vc menina. Não nos abandone não. Volta, tô com saudades das suas postagens. Bjs e uma linda semana. Bay.
oi, tem presentinho no meu blog...
Bom, to passando aqui pra te deseja um 2009 bem magrinho e com muita saúde e felicidade. Td de bom pra vc e todos os seus. Bjs e até a próxima. Bay.
Que seu 2009 seja repleto de realizações e que todos seus sonhos sejam realizados!
Feliz 2009 light!
Bjos!
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